A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, assinala no dia 1 de
dezembro o Dia Mundial da SIDA, no seguimento da proposta efetuada em 1988 pela Organização Mundial
da Saúde.
Portugal foi um dos seis países da União europeia que, em 10 anos, conseguiu reduzir em mais de 25% o
número de novas infeções por VIH, de acordo com o relatório conjunto do European Centre for Disease
Prevention and Control (ECDC) e OMS-Europa, recentemente divulgado. De igual modo, o Relatório
“Portugal: Infeção VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2015”, referente ao ano de 2014 e apresentado
no dia 20 de novembro, revela uma proporção de novos casos em utilizadores de drogas injetadas inferior à
média observada na UE e uma proporção de diagnósticos tardios já muito próxima da média observada
neste conjunto de países.
“São estes resultados positivos? São, sem sombra de dúvida e ignorá-lo só nos limitaria o campo e o tempo
de ação. São estes resultados suficientes para podermos abrandar o esforço de controlo da infeção por VIH
em Portugal? Claramente não. Abrandar este esforço poderia corresponder a perder o que tem sido
construído, sobretudo, nos anos mais recentes”, comenta António Diniz, diretor do Programa Nacional para a
Infeção VIH/SIDA, acrescentando: ”Os resultados alcançados devem, sim, reforçar a convicção de estarmos
a trilhar o caminho certo e, simultaneamente, impulsionar o aprofundamento das medidas de prevenção,
diagnóstico e tratamento em curso”.
É nesta perspetiva que o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA tem impulsionado o diagnóstico cada
vez mais precoce (em diferentes contextos e abrangendo quer a população em geral quer as populações
chave), que aprovou a indicação de tratamento de todas as pessoas infetadas, independentemente do seu
estado imunológico e que começou a abordar, institucionalmente, novas perspetivas de prevenção da
transmissão da infeção por VIH, assegurando, a todos que o solicitem, a distribuição gratuita de material
preventivo da transmissão do VIH.
Estes são os grandes desafios para os próximos cinco anos e, muito em particular, para 2016: “Prevenir
sempre, diagnosticar cedo, tratar todos”. “Com todos os intervenientes e interlocutores, envolvendo todas as
pessoas infetadas e afetadas pela infeção por VIH e, sempre, deixar ninguém para trás. Assumindo,
simultaneamente, que neste processo, a visão de alcançarmos “zero discriminação”, constitui um pilar da
nossa atuação, como um elemento crítico de sucesso das metas acima referidas. Se assim procedermos, o
nosso caminho só poderá ser um caminho de sucesso”, conclui o diretor do Programa Nacional para a
Infeção VIH/SIDA.
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